O que Fazer quando sua Série favorita chega ao fim?!?

por DIOGO BUENO

'Cá Entre Nós'

     Quando eu tinha uns doze ou treze anos me viciei na série americana Popularidade, sobre um grupo de adolescentes e a cruel guerra por status na escola. Era divertida, insinuosa e com um humor negro que só Ryan Murphy (Glee) foi capaz de trazer para a TV nesses últimos anos. Depois dela, lembro que venho Xena - A Princesa Guerreira. As aventura de Lucy Lawless e Renée O'Connor (Gabriele) me empolgavam nos fins de tarde. Mas o que fazer quando sua série favorita chega ao fim?

 É claro que depois desses, outros seriados me encantaram, passando a fazer parte do meu cotidiano. A que mais marcou foi sem dúvida O.C. - Um Estranho no Paraíso. História, diálogos, período, atores, tudo perfeito. De uma hora para outra estava em Orange County vivendo nas fabulosas mansões do paraíso na Califórnia. Não consigo nem expressar o que esta série significa para mim. Chorei, chorei muito, ri, ri demais, refleti, analisei, entendi. O.C. tem um lugar especial em minha vida. 

     Pode parecer besteira, mas quando nos apegamos a uma série, parece que fazemos um novo melhor amigo - guardadas suas devidas proporções - que nos fazer enxergar um novo mundo, ou ao mesmo melhor. Diferente do que muitas vezes vivemos. Quantas vezes não me vi lutando contra vampiros ao lado de Buffy - A Caça-Vampiros, ou com meus dramas adolescentes só comparados aos de Dawson's Creek. Lembro de quanto chorei - estou mesmo confessando isso? - quando chegou ao fim Ghost Whisperer e Smallville. No momento estou em processo de quase luto. Me despedindo em doses homeopáticas de Brothers & Sisters. E quando meu mais novo vício acabar? O que vou fazer sem Revenge? Existe remédio, cura, libertação? Vai ser difícil. Sou tão próximo daqueles personagens que já me sinto íntimo. E as novas séries que estão por vir, já posso sentir falta delas? 

     No caminho desenfreado de nossas vidas, ainda não aprendi a me desapegar de uma série. Também acho que nem quero. Gosto de sentir falta, chorar de dor, rir de doer. É bem verdade, que muitas vezes acompanhei mais, a vida dos moradores de Pequenópolis do que a de pessoas a minha volta. Isso é polêmico - eu sei -, mas tiro uma lição boa. Na vida real não há ensaios, não sou do tipo que me interno na televisão. Tenho vida social sim - e como -, mas gosto de tratar as histórias que vejo retratadas nas temporadas para tirar bons exemplos para o dia a dia. 

     Talvez hoje se sou do bem, é por que aprendi muita coisa com Kiki Cohen, e se a malícia e esperteza me acompanham, é por que Julie Cooper estava lá. As piadas vem de Seth Cohen - certeza - e a coragem de Sookie  Stackhouse (True Blood). A boa fé e confiança nas pessoas de Clark Kent, as palavras sábias de Emily Thorne e Lucas Scott e os conselhos de Nora Walker criaram um novo Diogo, pronto para este mundo prestes a nos engolir. Até a próxima edição!!!