quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

TOP 10+ (POLÍTICA NAS TELAS)





 Aproveitando o sucesso do novo filme de Steven Spielberg ‘Lincoln’ o TOP 10+ traz os melhores filmes que trazem estas importantes figuras da ficção, muitas com um toque de realidade. Até a próxima edição!!!



10ª. Lula, O Filho do Brasil (filme).
- A trajetória do Presidente mais popular do nosso país retratada de uma forma emocionante. Glória Pires vive a mãe de Luiz Inácio Lula da Silva, brilhantemente interpretado por Rui Ricardo Dias. O longo dirigido por Fabio Barreto é a segunda produção nacional mais cara da história.




09ª. Commander in Chief (seriado).
- A série norte-americana conta a história fictícia da primeira mulher a presidir os Estados Unidos. Antes de assumir o cargo, foi pressionada por diversos “amigos” políticos que não queriam uma mulher na presidência da maior potência do mundo.




08ª. Segredos do Poder (filme).
- Mike Nichols dirige esta comédia dramática com John Travolta, Emma Thompson e Billy Bob Thornton. Apesar de John Travolta interpretar um governador, este filme na verdade está contando – sem revelar nomes – a história de Bill e Hillary Clinton.





07ª. Meu Querido Presidente (filme).
- Michael Douglas e Annette Bening estrelam esse delicioso romance com o pano politico em alta. Andrew Sheperd (Douglas) está em processo de reeleição e, ao se envolver com uma lobista (Bening) virá o principal alvo para seu concorrente (Richard Dreyfuss) nas eleições. Dirigido por Rob Reiner no filme de 1995.





06ª. Veep (seriado).
- Julia Louis-Dreyfus estrela está deliciosa e engraçada série de TV. No seriado Julia é a ex-senadora Selina Meyer que agora é Vice-presidente dos Estados Unidos e começa a se preocupar, pois o atual presidente está com a saúde debilitada e daí muita confusão estará por vir.





05ª. Virando o Jogo (filme).
- No filme feito para a TV, Mudança de Jogo conta a história da corrida presidencial para a Casa Branca em 2008 com Julianne Moore e Ed Harris como Sarah Palin e John McCain. Moore está perfeita no papel da tresloucada Sarah Palin.




04ª. JK (minissérie).
- A minissérie da Rede Globo exibida em 2006 de Maria Adelaide Amaral contou toda a trajetória de uma dos presidentes mais importantes do nosso país. Um Juscelino Kubitschek desde o tempo a infância, passando pela época da faculdade em medicina e principalmente a construção daquele que seria seu maior e mais criticado empreendimento  - a cidade de Brasília.





03ª. Frost/Nixon (filme).
- Filme dirigido por Ron Howard, indicado em cinco categorias do prêmio Oscar. O longa conta a história por traz das entrevistas de Frost / Nixon de 1977. O grande escândalo de Watergate, antes do discurso de renuncia do então Presidente Richard Nixon em um filme tenso e muito bem executado.




02ª. A Dama de Ferro (filme).
- A dama que da título ao filme é Margaret Thatcher (Meryl Streep), dama de ferro na mais alta esfera do poder britânico. Ela enfrentou vários preconceitos como primeira-ministra do reino Unido em um mundo até então dominado por homens.




01ª. Lincoln (filme).
- Deixamos com a medalha de ouro o mais recente trabalho de Steven Spielberg por já ter demostrada ser um dos melhores trabalhos de Daniel Day-Lewis – reencarnação de Lincoln – e por retratar de forma brilhante e corajosa um dos momentos mais marcantes dos Estados Unidos. Destaque também para Tommy Lee Jones e Sally Field.  










segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

GARIMPO: RAINHA DA SUCATA






A volta de um clássico inesquecível
 por Khaoe Pacheco do Blog BadFish


     O Canal Viva já está exibindo um clássico das telenovelas brasileiras: Rainha da Sucata. A trama estreou num período em que o país sofria com o plano Collor quando o ex-presidente “fez sumir” o dinheiro de quem tinha muito na época. A população se identificou com os magnatas da novela querendo mais e mais dinheiro em cima dos cidadãos mais humildes. Parecia ser a história certa na hora certa.






     Mas o inicio do sucesso do folhetim foi muito complicado. Primeiro, é que o publico só queria saber do fenômeno Pantanal da Rede Manchete, que roubava inúmeros pontos de audiência da Globo. Apesar das duas atrações serem exibidas em horários diferentes – a Manchete que criou o esquema de começar a passar a sua novela após o termino da novela das 8, um ato copiado até hoje pelas rivais da Venus platinada – para as pessoas, a novela era Pantanal. Segundo foi o excesso de personagens apresentados logo no inicio que afugentaram os telespectadores. Problemas detectados, o autor Silvio de Abreu tratou de fazer uma espécie de faxina, separando núcleos e criando a história que todos conhecem. E também deu bastante ênfase ao humor já que, até então, as novelas do horário sempre foram mais dramáticas.





     Regina Duarte ganhou aqui outro papel popular após o estrondoso sucesso da viúva Porcina em Roque Santeiro. Ela é Maria do Carmo uma mulher pobre e humilde que faz fortuna herdando o negócio do pai, um ferro-velho. A grande magoa de sua vida foi ter sido humilhada quando jovem por Edu (Tony Ramos), um amor que ela ainda não esqueceu, mas que o tempo, o destino e os clichês de telenovelas trataram de reaproximar. Mal imagina a sucateira que a tia do moço, a falsa rica Laurinha (Glória Menezes), fará de tudo para que eles não fiquem juntos. 





     A Globo tratou a novela com todo o cuidado para fazer dela um sucesso. Alem do trio de protagonistas de peso, havia Antonio Fagundes num papel cômico de um professor gago, também Daniel Filho, Renata Sorrah, Claudia Raia, Andrea Beltrão e outros. Todos eles com papéis significativos dentro da trama. Mas nenhum deles conseguiu superar o sucesso de Aracy Balabanian como Dona Armênia, cujo sonho é comprar o prédio de Maria do Carmo e derruba-lo na chon. Um bordão lembrado até hoje. O êxito da personagem foi tão grande que ela e seus três filhinhas voltaram na novela seguinte do autor, Deus nos Acuda.




     Repleta de momentos e personas inesquecíveis, Rainha da Sucata é mais um acerto do Canal Viva que sempre nos presenteia nos mostrando grandes momentos da televisão brasileira – Chiquinha Gonzaga/ Felicidade/ Renascer. A novela está sendo exibida em novo horário – bem, nem tanto – as 00h. Mas vale a pena ficar acordado tão tarde para ver esta maravilhosa história. Até a próxima edição!!!




domingo, 27 de janeiro de 2013

Com a Palavra por Khaoe Pacheco Edição 9






A eterna namoradinha do Brasil 
por Khaoe Pacheco do Blog BadFish



     Vendo o sucesso que a reprise da novela Rainha da Sucata faz no Canal Viva, a de se destacar mais um papel popular da carreira vitoriosa da atriz Regina Duarte. Somente atrizes talentosas e carismáticas conseguem chegar num patamar, de ter nada mais nada menos, que 25 papéis de protagonistas, na maior cadeia de televisão do país. É preciso ser muito querida para que o país torça durante meses sem enjoar da cara dela. 






     Natural de Franca/SP, Regina ganhou destaque na televisão sendo telemoça, como eram chamadas antigamente as garotas propaganda. Mas desde os 14 anos ela atuava no teatro amador.  Descoberta pelo falecido diretor Walter Avancini devido à carinha doce e frágil, ela foi levada por Avancini para a TV Excelsior no papel de Malu, a jovem que inferniza a vida de todos graças às suas cartas maledicentes na primeira novela com ares de superprodução, A Deusa Vencida.  A situação vista hoje em Rainha da Sucata, se inverte. Regina é a vilã e Gloria Menezes a mocinha. 




     A partir do sucesso da personagem de A Deusa Vencida, Regina foi emendando uma novela atrás da outra, chegando ao ponto de fazer novelas de 1965 a 1974 com pausas de poucos meses entre um trabalho e outro. Ela ganhou o título de namoradinha do Brasil por sempre fazer personagens doces e românticas. Em 1970 participou do fenômeno Irmãos Coragem, a primeira produção a cravar uma audiência de 100%. Esse recorde seria quebrado dois anos depois em Selva de Pedra. Um papel duplo lembrado com carinho pela atriz até hoje. Na sequência vieram outros trabalhos sempre em parceria com a escritora Janete Clair que, assim como Regina, também emendava um trabalho atrás de outro com pouco tempo de descanso.





     Após um breve período longe da telinha, em 1979 a televisão viu o retorno triunfal da estrela no seriado que deu o que falar: Malu Mulher. Em entrevistas, Regina diz sempre que o papel de Malu é o que ela mais se identifica. A série retratava o dia a dia de uma dona de casa recém-divorciada que tem que se estabelecer no trabalho, cuidar da filha adolescente e da casa. Quebrando muitos tabus, ainda que de forma discreta devido a rígida censura da ditadura militar, o programa ousou ao tocar em temas como sexo, virgindade, drogas e trouxe a primeira cena de orgasmo da TV, novamente, de modo discreto, apenas a mão de Malu é mostrada. Para bom entendedor... Ficando no ar por duas temporadas e com 44 episódios produzidos, Malu Mulher até hoje é a série produzida pela Globo mais vendida para o exterior.





     Não demorou muito para a atriz voltar às novelas, mais uma vez com sua habitual parceira Janete Clair em Sétimo Sentido, mais uma produção que teve que enfrentar a dura censura da época.  A trama demorou a deslanchar devido à falta de carisma do casal central. A culpa foi da censura, já que o mocinho ainda era casado e as cenas de beijos e caricias entre o casal principal eram cortadas.  Ela ficou mais um tempo longe dos folhetins se dedicando a outro seriado. Joana não teve a repercussão de Malu Mulher, mas no seu lançamento as pessoas ficaram curiosas ao saber que Regina havia saído da Globo e ido para a Manchete. Na verdade, Joana foi uma produção independente. Seu próximo trabalho foi uma personagem que foi o mais diferente interpretado pela atriz ate o momento: a viúva Porcina de Roque Santeiro. Espalhafatosa e barulhenta, Porcina conquistou a todos com os seus trejeitos exagerados. 





     Em 1988, outro papel marcante, Raquel a mãe constantemente humilhada pela filha em Vale Tudo de Gilberto Braga, outra trama que mobilizou o país.  Agora, Regina não fazia mais os papéis de mocinhas românticas, ela já encarava personagens de mães fortes de adolescentes. Atualmente no ar no Canal Viva, Rainha da Sucata foi mais uma personagem popularesca. Após essa trama, Regina ficou cinco anos longe das novelas fazendo filmes e teatro.




     Em 1995 ela voltou ao ar numa novela escrita especialmente para ela. Não importava que História de Amor de Manoel Carlos fosse exibida às seis da tarde, a primeira Helena de Regina é considerada pelos fãs de Maneco como a melhor entre as personagens que carregaram este nome nas histórias do autor. Historia de Amor foi um folhetim simples, mas eficaz, com tramas deliciosas e personagens muito bem escritos. Regina gostou tanto do papel que sugeriu que, ao invés de terminar a novela, fosse feito um seriado a partir dela. Por muito tempo, até se cogitou em fazer uma parte 2 da trama, o que quase foi feito. Com umas alterações ou outras, Maneco criou Por Amor, outro clássico da carreira do autor e da atriz. Regina fez outra Helena e contracenou com sua filha, Gabriela Duarte numa história dramática e sensível.






     Após Por Amor, a atriz voltou a contracenar com a filha na minissérie Chiquinha Gonzaga, onde na cena final uma debilitada Chiquinha conversa com suas versões mais novas. O talento de Regina foi sendo cada vez mais desperdiçado em papeis aquém de seu talento, entre eles a fracassada novela Desejos de Mulher, cujo único triunfo foi o reencontro de Regina com Gloria Pires. Até mesmo a sua última parceria com Maneco em Páginas da Vida como outra Helena foi bastante criticada. O autor tinha ótimos atores e uma história comovente e irresistível nas mãos, mas os constantes atrasos na entrega dos roteiros somados as divergências entre o que saia nas revistas especializadas com que ia ao ar, fez Páginas ser uma trama confusa e arrastada. Algum tempo depois- em 2011 - outro papel que foi bastante criticado pela mídia. Na regravação de O Astro, ela fez Clo Hayala, uma socialite. A atriz abusava de expressões exageradas, mas a novela como um todo tinha interpretações exageradas e melodramáticas, numa espécie de homenagem disfarçada as novelas mexicanas. 




     Com uma carreira recheada de tipos únicos, bastante trabalhosa e com um merecido reconhecimento, Regina Duarte é seguramente a melhor atriz que o país já viu, um talento cada vez mais deixado de lado em favor de novas e péssimas atrizes saídas de Malhação. Ela ficará marcada para sempre na história do Brasil. Até a próxima edição!!!









quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

TOP 10+ (VALE A PENA VER DE NOVO)




Com a reprise de Da Cor do pecado chegando ao fim, o Planeta Diário Brasil resolveu elencar as 10 melhores apostar de novelas que poderiam ser reprisadas no Vale a Pena Ver de Novo. Dizem as boas línguas que a substituta será O Profeta (2006). Mas e você qual novela gostaria de ver reprisada nas tardes da Rede Globo? Até a próxima edição!!!


10ª. Por Amor (1997).

- Apesar de já ter sido reprisada, Por Amor de Manoel Carlos merecia ser novamente exibida. Ano passado completou 15 anos de existência e sua trama ainda é muito atual. O que você faria por amor? É com essa pergunta que os fatos eram apresentados num longínquo 1997. Regina e Gabriela Duarte viveram mãe e filha na ficção e até hoje Por Amor é lembrada e considerada a melhor trama de Maneco.




09ª. Coração de Estudante (2002).

- Adriane Esteves com vilã. Não precisa dizer mais nada! Trama leve e com atores em boas atuações. Gostaria muito de rever a trama de Emanuel Jacobina. Helena Ranaldi e Fábio Assunção viveram o casal principal.




08ª. As Filhas da Mãe (2002).

- Se existe duas tramas completamente injustiçadas em suas exibições originais, elas são As Filhas da Mãe e Desejos de Mulher. A primeira é comédia pura. Lembro-me até hoje de muitos personagens. Fernanda Montenegro com protagonista já esta de bom tamanho, mas o que era melhor ainda eram as tramas paralelas, todas muito bem estruturadas e com ritmo. Novela de Silvio de Abreu com direção de Jorge Fernando.




07ª. Desejos de Mulher (2002).

- Umas das minhas novelas favoritas. Também injustiçada. Me lembro que no primeiro capítulo um apagão deixou São Paulo às escuras e a trama saiu prejudicada. A novela de Euclydes Marinho tinha tudo para ser uma trama das 21h. Regina Duarte e Glória Pires em papéis fortes e com uma história pouco vista ultimamente. Alessandra Negrini arrasou como a vilã Selma Dumont.




06ª. Paraíso (2009).

- Apesar de “nova” Paraíso tem tudo para ser uma das próximas novelas a ser reprisada pela Rede Globo. Primeiro por ser uma trama das 18h, segundo por ter uma história leve e ótimas interpretações e terceiro por ter sido um sucesso na época em que foi transmitida originalmente. Estrelada por Nathalia Dill e Eriberto Leal. Adaptada por Edmara Barbosa da obra do próprio pai – Benetido Ruy Barbosa.




05ª. Um Anjo Caiu do Céu (2001).

- Trama leve, gostosa e com um elenco excelente. Caio Blat e Tarcísio Meira estrelam esta novela de Antonio Calmon. Um ano (Blat) literalmente cai na terra para cuidar do famoso fotógrafo João Medeiros (Meira). No elenco ainda nomes como Renata Sorrah, Patrícia Pillar; Marcello Antony e Angélica.




04ª. Celebridade (2003).

- A trama de Gilberto Braga é considerada uma das melhores novelas do autor e só não foi reprisado até hoje por ter cenas muito fortes – daí a justiça em vez de criar e executar leis úteis vai aonde não é chamada. Maria Clara Diniz (Malu Mader) é uma produtora famosa que vê sua vida virar de ponta cabeça por conta de uma vingança desmedida de Laura Prudente da Costa (Cláudia Abreu). Está no meu TOP 3!




03ª. Páginas da Vida (2007).

- A Globo já tentou por diversas vezes reprisar Páginas da Vida, mas a justiça sempre encontra um jeito de boicotar a trama. Cortes em cima de cortes teriam que ser feitos na novela para que a mesma fosse liberada. É um absurdo não poder reprisar uma trama das 21h no Vale a Pena ver de Novo e quase no mesmo horário vem um Balanço Geral com tiros, mortes e corrupção da vida real. Na trama de Manoel Carlos, Regina Duarte vive pela terceira vez uma Helena, desta vez com uma criança com síndrome de down para criar.



02ª. Cobras & Lagartos (2006).

- Segunda novela do autor João Emanuel Carneiro, Cobras & Lagartos já deveria ter sido reprisada, talvez até no lugar da própria trama de João Emanuel – Da Cor do Pecado – que está sendo reprisada pela segunda vez. Mariana Ximenes e Daniel de Oliveira eram Bel e Duda. Carolina Dieckmann, Taís Araújo e Henri Castelli são os vilões da trama.



01ª. O Profeta (2006).
- Está praticamente decidido, O Profeta tem muitas chances de ser reprisada na sessão ‘Vale a Pena Ver de Novo’ na Rede Globo. De Ivani Ribeiro, adaptada por Duca Rachid e Thelma Guedes. O casal principal é estrelado por Thiago Fragoso e Paola Oliveira, Marcos e Sônia, respectivamente. As maldades da trama ficam por conta da interesseira Ruth (Carol Castro), do vingativo Camilo (Malvino Salvador) e do mau-caráter Clóvis (Dalton Vigh).




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

GARIMPO: LADO A LADO





A melhor das três
 por Khaoe Pacheco 
do Blog BadFish


     Volta e meia à rede Globo se incomoda com a audiência de suas três novelas. Apesar de não confessar, a emissora espera bem mais números do que se está acostumado.  Consideradas pela crítica especializada como fracassos, Lado a Lado, Guerra dos Sexos e Salve Jorge tiveram a ingrata tarefa de substituir campeões de popularidade como Cheias de Charme e Avenida Brasil. A bem da verdade é que, a nível de audiência, essas produções não tiveram números tão expressivos como se comenta, o diferencial delas – principalmente de Avenida – foi o fato de ter a Internet como forte aliada. Ou você acha que a trama seria tão comentada se não existisse o Facebook?





     Mas ser um fracasso de audiência, não significa que a novela seja ruim. Esse é o caso de Lado a Lado, a atual atração das seis. Como todo bom melodrama, a novela conta várias histórias de amor. Como pano de fundo as mudanças que a sociedade enfrentou na década de 1910, com as lembranças da escravidão frescas nas memórias de todos e o surgimento dos morros nas favelas cariocas. Com um elenco afiado, direção de fotografia impecável, assim como os figurinos e cenários, a novela sofre para conseguir pontos de audiência. A emissora culpa o horário de verão e também a propaganda política já que sua estreia foi bem no período em que a Globo teve que fazer ajustes na programação por causa das eleições e o folhetim teve que ser exibido no horário de Malhação. 





     Essa é a estreia como autores João Ximenes Braga e Claudia Lage. Experiência eles tem. João foi colaborador em Paraíso Tropical e Insensato Coração e Claudia ajudou Manoel Carlos em Viver a Vida. Como toda a novela de autores novos, a emissora escolhe um supervisor para dar uma revisada nos roteiros. Esse papel ficou com Gilberto Braga, que tem a função de ler os capítulos e dar os seus pitacos. A presença de Gilberto é sentida com a presença de mais vilões do que mocinhos e a direção sempre competente de Dennis Carvalho. 





     Essa última semana a novela apresentou uma breve melhora de audiência (veja bem, para o mercado publicitário, a única audiência que tem que ser levada em consideração é a da cidade de São Paulo, como se só lá existissem pessoas que gastam). Não é para menos, o grande segredo da história foi revelado quando Isabel (Camila Pitanga) descobre que Constância (Patrícia Pillar) inventou sobre a morte do filho da dançarina. Os pontos foram ligados, os vilões parcialmente castigados - ainda que todos que conversei achassem que Constância e Berenice deveriam apanhar mais - e a história vai tomar um novo rumo. Agora, a mocinha terá que conquistar o carinho do filho.





     Os últimos seis capítulos só confirmaram o carisma e talento dos atores principais. As já citadas Camila Pitanga e Patrícia Pillar dão um show. E, num tipo de trama onde as mulheres se destacam Thiago Fragoso, Rafael Cardoso e Lazaro Ramos estão excelentes. Principalmente, este último, que teve seu nome incluído por primeiro nos créditos de abertura. Por falar nisso, pela primeira vez um samba enredo embala a abertura de uma novela, e a escolha não poderia ser mais feliz com Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sob Nós da Imperatriz Leopoldinense, de 1989. Voltando a falar do elenco, não podemos esquecer de uma das melhores atrizes da nova geração, Marjorie Estiano como Laura, a garota a frente de seu tempo, que desafia marido e mãe para defender seus pontos de vista.  Mas um trabalho excepcional da atriz.





     Com o tempo, Lado a Lado pode vir a ser redescoberta como uma grande novela, uma das melhores já escritas para o horário da seis nos últimos tempos, ao lado de outra injustiçada, a fantástica A Vida da Gente. Semana que vem, vou continuar no tema das novelas, pois um clássico vai voltar ao ar no Canal Viva: Rainha da Sucata. Até a próxima edição!!!




domingo, 20 de janeiro de 2013

Com a Palavra por Ketilyn Almeida Edição 9






Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios
 por Ketilyn Almeida do Blog Estranho Ao Meu Modo




     Com um título que encanta e chama atenção dos desavisados Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios (2005) de Marçal Aquino, é um romance que não se preocupa com o politicamente correto, nem na história, muito menos no vocabulário, seu leitor encontrará palavrões e palavras despudoradas, mas que combinam com a trama e seus personagens.




     Uma literatura que mistura fotografia em seu enredo, com descrições de imagens que aguçam nossa imaginação. E tudo isso porque os personagens principais são fotógrafos, mas com diferentes preferências. Ele, Cauby (É, igual ao cantor, ele te responderia) é um fotógrafo profissional, que seguiu a carreira do pai, com o qual não tinha um bom relacionamento, e a sua querida Lavínia é uma amante da arte. “Lavínia não se interessava por fotos com gente. Eu tentava compreender o mundo fotografando gente”.





     E por falar na moça ela era uma mulher com dupla personalidade, existia a Lavínia louca, um bicho e a Lavínia dócil, com pudor. Teve uma vida difícil, a mãe bebia, o padrasto a abusava, até que fugiu de casa e foi tentar a vida na rua, se prostituindo. Mas o destino colocou o pastor Ernani em sua vida. E em uma tentativa de conversão da alma de Lavínia, ele acabou se apaixonando, e ela se sentiu acolhida e protegida nos braços do pastor. Isso até encontrar Cauby, e viver um romance escancarado e delicioso.

     E quando o enredo está se encaminhando para um fim trágico, em que os amantes terminam separados e infelizes, há uma reviravolta romântica, entre fotos, amor e loucura.





     Assim como Marçal escreve em seu livro que “o detalhe é a alma de toda fantasia” ele também se preocupou com as particularidades na vida real. É impossível quem tenha lido Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios e não tenha reparado no tão citado Professor Benjamin Schianberg, um psicanalista autor de um tratado sobre o amor, O que vemos no mundo, mas na verdade o professor não passa de mais um personagem da obra. Porém, o cuidado foi tanto que Aquino criou um nome que ainda não aparecia nos resultados de pesquisa do Google, para não haver nenhuma confusão. E houve até uma editora do Rio de Janeiro que pediu a ajuda do autor para localizar Schianberg, pois queria publicar sua obra. São esses aspectos que mostram a força do livro.

     A obra virou filme, com direção de Beto Brant e Renato Ciasca, e contou com um elenco formado por Gustavo Machado, Zé Carlos Machado, Gero Camilo, Adriano Barroso , Antonio Pitanga e Camila Pitanga, que venceu o Festival do Rio 2011, como melhor atriz.  O filme conquistou também Prêmios de Melhor fotografia e melhor Filme, no 37º Festival de Cinema Iberoamericano de Huelva.










sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Tudo Pelo Poder



por DIOGO BUENO




'Cá Entre Nós'








     A Rede Record perdeu a mão, literalmente. Há três anos ela “caminhava” rumo à liderança, seus programas alcançavam o primeiro lugar em audiência e começava a incomodar a Rede Globo. Mas, após algumas decisões mal acertadas a emissora do Pastor Edir Macedo voltou a amargar o terceiro lugar. Sua grade de programação é uma bagunça completa. Chamada de ‘voadora’, por mudar constantemente seus programas de horário a Rede Record tem perdido a cada dia sua credibilidade - se é que já teve algum dia. Seus ataques à emissora dos Marinhos estão cada vez mais absurdos e com puro propósito de boicote.  






     Na última semana ela divulgou uma matéria no dominical Domingo Espetacular onde atacava de forma grosseira e desmedida a microsserie O Canto da Sereia, que segundo a reportagem propaga o candomblé e exalta a homossexualidade. No ano passado pastores da Igreja Universal do Reino de Deus – os mesmo aliados do dono da Rede Record – atacaram ferozmente a novela das nove da Globo, Salve Jorge. Os boicotes aconteceram pela internet e nos cultos. Autores como Glória Perez e Walcyr Carrasco criticaram a atitude da emissora. 





     O engraçado é que nas novelas da Rede Record não vemos uma protagonista evangélica - fato revindicado pela própria Record contra a Globo. Além de tentar boicotar as novelas da Globo, a Record ainda entrou na briga de fãs do desenho Pica-Pau com o diretor do programa da Xuxa e exibiu uma entrevista polêmica com Guilherme de Pádua, assassino da filha da aurora Glória Perez que comparou a Record com o Talibã. Programação fraca – A Fazendo de Verão e Programa da Tarde -, programas copiados – Jornal da Record e Domingo Espetacular – no pior estilo e total despreparo dos empresários levam a Record a um único caminho, e não é o da liderança não. Até a próxima edição!!!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

TOP 10+ (Os Indicados ao Oscar)



E saiu a lista com os indicados a 85ª entrega do Oscar, o mais importante prêmio do cinema mundial. Lincoln e As Aventuras de PI lideram a disputa. Argo e Amor correm pelo acostamento e quem deve acontecer mesmo é Amor e Adele deve ganhar a estatueta por Skyfall. A seguir um TOP 10+ com os principais indicados. Até a próxima edição!!!




10ª. 007 - Operação Skyfall (Skyfall).

- O filme do agente mais conhecido do cinema recebeu 4 indicações no total. O destaque é para Melhor Canção Original "Skyfall" de Adele, além de Mixagem de Som; Edição de Som e Trilha Sonora Original.





09ª. Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild).

- No total foram 4 indicações ao Oscar 2013. Além de Roteiro Adaptado (Lucy Alibar e Benh Zeitlin), Indomável Sonhadora ainda concorre na categoria de Melhor Atriz (Quvenzhané Wallis); Melhor Diretor (Benh Zeitlin) e Melhor Filme.





08ª. A Hora Mais Escura (Zero Dark Thirty).

- O polêmico filme da diretora Kathryn Bigelow recebeu 5 indicações ao Oscar. Além de Melhor Filme e Atriz (Jessica Chastain), A Hora Mais Escura concorre ainda como Melhor Edição; Edição de Som e Roteiro Original (Mark Boal).





07ª. Amor (Amour).

- São 5 indicações no total. Aparece nas categorias de Melhor Filme e Filme Estrangeiro, além de Roteiro original (Michael Haneke); Diretor (Michael Haneke) e Atriz (Emmanuelle Riva).





06ª. Django Livre (Django Unchained).

- Assim como a produção austríaca 'Amor', o longa de Quentin Tarantino também concorre a 5 estatuetas. São elas: Melhor Filme; Ator Coadjuvante (Christoph Waltz); Roteiro Original (Quentin Tarantino); Fotografia e Edição de Som.




05ª. Argo (Idem).

- A zebra do Oscar este ano pode ser o filme dirigido por Ben Affleck - não indicado na categoria direção - que recebeu 7 indicações, entre elas, Melhor Filme; Ator Coadjuvante (Alan Arkin); Roteiro Adaptado (Chris Terrio); Edição; Trilha Sonora Original (Alexandre Desplat); Edição e Mixagem de Som.




04ª. Os Miseráveis (Les Misérables).

- Foram 8 indicações ao prêmio. Melhor Filme; Melhor Ator (Hugh Jackman); Atriz Coadjuvante (Anne Hathaway); Canção original ("Suddenly" de Claude-Michel Schönberg - música, Herbert Kretzmer - letra - e Alain Boublil - letra); Mizagem de Som; Figurino; Design de Produção e Maquiagem/Cabelo.




03ª. O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook).

- Empatado com Os Miseráveis - ambos com 8 indicações - O Lado Bom da Vida é daquelas comédias românticas deliciosas e sem muita pretensão. Concorre nas categorias de Melhor Filme; Direção (David O. Russell); Melhor Ator (Bradley Cooper); Atriz (Jennifer Lawrence); Ator Coadjuvante (Robert De Niro); Atriz Coadjuvante (Jacki Weaver) e Roteiro Adaptado (David O. Russell).  





02ª. As Aventuras de Pi (Life of PI).

- O longa do diretor taiwanês Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain) aparece com 11 indicações. Melhor Filme; Direção (Ang Lee); Roteiro Adaptado (David Magee); Fotografia; Edição; Melhor Trilha Sonora Original (Mychael Danna); Efeitos Visuais; Melhor Canção Original ("Pi's lullaby", de Michael Danna - música - e Bombay Jayashri - letra); Design de Produção; e Edição e Mixagem de Som.




01ª. Lincoln (Idem).

- O filme de Steven Spielberg lidera a disputa com 12 indicações. Deve ser o grande vencedor da noite. Concorre nas seguintes categorias: Melhor Filme; Melhor Direção (Steven Spielberg); Melhor Ator (Daniel Day-Lewis); Melhor Atriz Coadjuvante (Sally Field); Melhor Ator Coadjuvante (Tommy Lee Jones); Roteiro Adaptado (Tony Kushner); Fotografia; Edição; Trilha Sonora Original (John Williams); Mixagem de Som; Figurino e Design de Produção.







segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

GARIMPO: RELACIONAMENTOS EM XEQUE


Novo programa da GNT coloca casais
 em crise para discutir a relação 
por Khaoe Pacheco do Blog BadFish



     Como parte da programação de verão, o canal GNT estreia o reality show Detox do Amor. Neste interessante programa, que está em sua segunda temporada, oito casais vão para um resort na paradisíaca Búzios onde participaram de uma competição cujo casal vencedor ganha uma passagem com tudo pago para Paris. Ao mesmo tempo, eles tentaram dar um novo rumo às relações já desgastadas. Apresentado por Betty Lago e Leo Jamie, a atração vai ao ar as quartas-feiras as 20h.



     Propositalmente, a produção do programa bola tarefas que fazem marido e mulher dependerem muito um dos outros. Nas horas vagas, eles contam com os conselhos de uma terapeuta especialista em crises conjugais. A graça do programa é que tudo o que é apresentado nos serve de lição. Pessoas com mais de 30 anos, os participantes muitas vezes agem como adolescentes mimados um querendo estar mais certo que o outro. A rotina dos casais é invadida pela as câmeras do programa que contam com as pitadas sarcásticas e bem humoradas de Leo e Betty. Os apresentadores são muito divertidos e, como suas opiniões divergem o tempo todo, parecem também participantes. Hilário.



     Os participantes fazem o esteriótipo dos casais que conhecemos em nossa vida. Tem a extrovertida e o contido, os roqueiros tatuados com opiniões fortes, os infantis, os que querem ser levados a serio, etc. A produção do programa bola atividades que, eventualmente, acabam levando a discussões e, por pouco, esse simpático programa, não vira um casos de família mais chique. Até a próxima edição!!!







domingo, 13 de janeiro de 2013

Com a Palavra por Evelin Gasparin Edição 8



A volta ao passado no melhor
 estilo por Evelin Gasparin 



     Amanhã, 14 de janeiro de 2013, estreia o aguardado prelúdio de Sex and the City: “The Carrie Diaries” sobre a juventude de Carrie Bradshaw (interpretada por Anna Sophia Robb – Violet da Fantástica Fábrica de Chocolate). É uma aposta da CW para a mid-season, o público mais jovem irá se identificar com os dramas, e quem adora um “revival” e acompanhou as aventuras da Carrie adulta com certeza dará uma espiadinha!
A história se passa em 1984, uma época nada fácil para a então adolescente de 16 anos. Desde a morte de mãe, sua irmã mais nova, Dorritt (Stefania Owen de Running Wilde), está mais rebelde, e seu pai, Tom (Matt Letscher de Scandal e Brothers & Sisters), assustado com a responsabilidade de cuidar de duas garotas sem ajuda.



     Tom oferece a Carrie a chance de estagiar em uma firma de advocacia em Manhattan, e ela mergulha de cabeça no glamour e na agitação de Nova York, o que a leva a conhecer Larissa (Freema Agyeman de Doctor Who), a editora da revista Interview. No visual da série, podemos esperar muitos babados, saias balão, mangas bufantes, cores berrantes, formas geométricas e penteados bizarros.
     Ainda no colégio, os melhores amigos de Carrie são a geek Mouse (Ellen Wong, de The Killing), a sarcástica Maggie (Katie Findlay, de Combat Hospita) e o sensível Walt (Brendan Dooling). Sebastian Kidd (Austin Butler, de Switched at Birth e Life Unexpected), é um estudante de intercâmbio que chegará a Connecticut e irá balançar o coração da jovem Bradshaw. E Donna Ladonna (Chloe Bridges, de Freddie) será a inimiga de Carrie. Até a próxima edição!!!




sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Nem Jorge Salvou!



por DIOGO BUENO


'Cá Entre Nós'



     Todos sabiam que substituir Avenida Brasil não seria uma tarefa fácil, mas as últimas novelas de Glória Perez conseguiram êxitos admiráveis e Salve Jorge parecia destinada ao sucesso. Mas desde que estreou em outubro do ano passado vem patinando na audiência – caso que preocupa a emissora carioca. Mas por que Salve Jorge não decolou?




     Muitos motivos são apontados para a falta de interesse do público em assistir a trama das 9 da Rede Globo. É bom deixar claro que o folhetim tem sim inúmeros pontos positivos. Eu colocaria em primeiro lugar o casal principal. A autora que em seus últimos trabalhos sempre errou a mão com seus protagonistas, desta vez acertou em cheio ao escalar Rodrigo Lombardi e Nanda Costa para viver o par romântico Théo e Morena. Quem olha o passado lembra que o público queria Jade (Giovanna Antonelli) com Said (Dalton Vigh) em O Clone por achar Lucas (Murilo Benício) muito insonso. Em América isso também aconteceu, e Tião (Murilo Benício) acabou nos braços de Simone (Gabriela Duarte) e não nos da protagonista Sol (Deborah Secco). E por fim, em Caminho das Índias, o personagem de Márcio Garcia foi ofuscado por Raj (Rodrigo Lombardi), fazendo com que a trama principal fosse alterada. 




     Elenco repetido, perda da agilidade dos acontecimentos – conquistada por Avenida Brasil – e histórias paralelas fracas e sem muito apelo, são alguns dos prováveis motivos da baixa audiência de Salve Jorge. O engraçado é que Glória sempre acertou em suas tramas secundárias. Seus personagens coadjuvantes são lembrados até hoje pelo público. Fora a vergonha alheia em ver grandes nomes da telinha em personagens sem pé nem cabeça – Nicete Bruno; Leticia Spiller e Ana Beatriz Nogueira. A novela também sofreu alguns boicotes de evangélicos radicais que estão mais preocupados com as tramas da Rede Globo do que com suas próprias vidas. O boicote a novela é por conta do santo que da título a trama.  




     A enrolação na trama pesou bastante. A demora de Morena em dividir com seus familiares e amigos sobre o drama que vem passando na Turquia está testando os limites do telespectador. O público aprovou a agilidade na história de Avenida Brasil, cada capítulo era importante, enquanto se você deixar de assistir a trama de Glória Perez por uma semana ou um pouco mais, não perde muita coisa. A Rede Globo percebeu – com certo atraso – que seu público está cada vez mais exigente. A Guerra dos Sexos também não decolou, e não é por que substituiu a avassaladora Cheias de Charme, mas por que o tema principal não funciona mais para os dias atuais. 



     Apesar de ter sido duramente criticada no início da novela, Nanda Costa tem demostrado muito talento, principalmente nas cenas de maior tensão de Salve Jorge. Carolina Dieckmann tem segurado a trama e Totia Meirelles e Cláudia Raia merecem nossos aplausos. Dira Paes está ótima como sempre, Bruna Marquezine como a piriguete Lurdinha esta impecável e o vilão Russo interpretado por Adriano Garib também tem se destacado. Giovanna Antonelli apesar de estar brilhando como Helô, a delegada consumista cheia de atitude, me parece perdida num misto de comédia com dramas tão forte como o tráfico de pessoas. 






     A sensação ao assistir Salve Jorge é que estamos vendo uma miscelânea de tudo que a autora já fez e deu certo no passado. O tráfico de pessoas é uma continuação bem estruturada dos personagens de América que tinham o sonho de entrar nos Estados Unidos ilegalmente arriscando suas vidas. A personagem de Neuza Borges é uma cópia mal feita e sem graça de Dona Jura (Solange Couto) e Antonio Calloni parece ser ainda o Mohamed, ambos de O Clone.  O núcleo inteiro dos turcos confunde com os árabes e indianos das tramas anteriores, principalmente por serem interpretados pelos mesmos atores. Vera Fischer está terrível, Odilon Wagner mal aproveitado, Otaviano Costa perdido e Lisandra Souto apática no meio de uma trama arrastada e sem sal. Agora é esperar por Walcyr Carrasco e seu primeiro folhetim das nove. Até a próxima edição!!!