domingo, 12 de agosto de 2012

GARIMPO: ENGRAÇADINHA, SEUS AMORES E SEUS PECADOS.



A polêmica obra de Nelson Rodrigues
por Khaoe Pacheco do Blog BadFish



     É uma tentação para escrever a seção Garimpo aqui no blog PDB do meu amigo Diogo, sem mencionar o canal Viva. A cada mês, a grade de programação está sempre recheada de novidades, bem, nem tanto, já que o propósito do Viva é resgatar grandes atrações da Rede Globo. Para o segundo semestre, já foram anunciadas as voltas das clássicas novelas Felicidade, de Manoel Carlos e A Próxima Vítima, de Silvio de Abreu. Quase no final deste mês, outra grata surpresa será reexibida: Engraçadinha, seus amores e seus pecados.




     Escrita por Leopoldo Serran, com base na obra do polêmico escritor Nelson Rodrigues, a trama foi à estreia da bela Alessandra Negrini no papel de Engraçadinha, uma moça atirada e nada comportada que escandalizava a vizinhança com suas atitudes na década de 1940. A moça é amiga de Letícia (Maria Luisa Mendonça, excelente), uma garota comportada que sente uma atração por Engraçadinha, apesar de ser noiva de Silvio (Ângelo Antonio), este vive um caso com a protagonista que, fica desesperada ao saber que o amante é seu irmão.  Silvio se mata e a moça acaba se casando com Zózimo (Pedro Paulo Rangel). Os anos se passam e agora recatada, Engraçadinha (Claudia Raia, ótima) vive uma vida comum no subúrbio e teme que sua filha Silene (Mylla Christie) siga o mesmo caminho dela quando jovem, mas ela acaba caindo nos braços do sedutor Claudio (Alexandre Borges), voltando aos tempos de safada.



     Apesar de já ter sido exibida no Viva, a minissérie volta ao ar para comemorar o centenário do anjo pornográfico, como era conhecido Nelson Rodrigues. Suas obras são recheadas de personagens e situações polêmicas. No caso especifico de Engraçadinha, temos o apetite sexual da protagonista, incesto e lesbianismo como temas principais. Além da atuação de Claudia, Alessandra e Leticia ser irrepreensível, temos a reconstituição de época perfeita, assim como o gestual e falas das pessoas que viveram no período em que a história se passa, entre anos 40 e 60. Nada disso seria possível, sem a adaptação de Serran do texto de Nelson Rodrigues, que trouxe as paixões e tragédias desse seminal escritor para as telas da TV. Até a próxima edição!!!



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