sábado, 18 de agosto de 2012

Com a Palavra por Diogo Bueno Edição Especial 3



NA NATUREZA SELVAGEM

"Não que ame menos o homem,
 mas amo mais a natureza"
 - Lord Byron.


     Quando a vida parece dura – e isso certamente acontece com todos nós – são muitas as maneiras de lidar com esses fantasmas que atormentam nossa existência. Há exatos 20 anos, Christopher McCandless morrerá por inanição depois de uma envolvente, perturbadora e impressionante aventura rumo ao Alasca. Essa história real foi retratada brilhantemente no filme Na Natureza Selvagem (Into The Wild, 2007), de Sean Penn. 



     A história do rapaz que, abandona sua vida de conforto para buscar liberdade pelos caminhos do mundo para muitos, pode parecer mais um riquinho egocêntrico que precisa de tratamento psicológico, mas para tantos outros é uma busca de autoconhecimento feita por poucos. É preciso deixar claro que McCandless – no longa interpretado por Emile Hirsch (Speed Racer) – não queria se matar, muito menos morrer de fome em sua jornada. O que ocorreu foi uma triste infelicidade que marcou uma família e comoveu milhões de pessoas no mundo todo. 


     E esse caminho muitas vezes é tão penoso e cheio de obstáculos. Para Christopher McCandless a sociedade vivia em uma bolha cheia de mentiras e seu desejo era viver com pouco e feliz. O que parece uma utopia se transformou em algo concreto e assustador. Nessa estrada longa, o jovem rapaz pode contar com ajuda de pessoas especiais.


     O final trágico do jovem rapaz que amava a natureza e todas as suas complexidades, despertou novamente, inúmeras discussões sobre o poder de cada ser humano, em definir sua própria trajetória. A natureza que Christopher sempre amou não foi tão amável quando ele mais precisou. Sua busca incansável para suprir o vazio de sua vida acabou de forma melancólica e estarrecedora. 


     O filme escrito e dirigido por Sean Penn, baseado no livro homônimo do jornalista Jon Krakauer, traz diversos astros brilhando nos papéis que dividiam cena com a personagem de Emile Hirsch, tais como, William Hurt; Marcia Gay Hardem; Vince Vaughn; Catherine Keener e Hal Holbrook – este indicado a Melhor Ator Coadjuvante. A trilha conta com músicas compostas por Eddie Vedder (Pearl Jam).

(esse auto-retrato foi encontrado sem revelação em sua máquina)

     Não deve ter sido uma escolha fácil para Christopher McCandless, assim como para nós, não é fácil viver a rotina de cada dia – guardada suas devidas proporções. Mas às vezes me pergunto se vim ao mundo para vê-lo ou para fazê-lo. É nessa linha tênue entre escolhas e inquietações que prossigo minha vida, em busca quem sabe da minha Natureza Selvagem. Até a próxima edição!!!




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