sexta-feira, 18 de maio de 2012

Com a Palavra por Ketilyn Almeida Edição 3


Hoje trago para o Planeta Diário Brasil um pouco de história misturada com literatura!

     O livro A menina que roubava livros de Markus Zusak , pode parecer apenas um romance que deu certo, e conquistou seu espaço entre as listas de mais vendidos, mas não é apenas isso. Ele traz consigo a verdadeira crítica sobre o poder e as palavras em uma época histórica.
     Como o próprio autor caracteriza a personagem principal, a pequena Liesel. “Ela era uma menina na Alemanha nazista como era apropriado que descobrisse o poder das palavras”.





     Afinal em uma nação, onde o líder tem o poder da comunicação, e graças a isso consegue convencer a totalidade quase absoluta da população de que as suas ideologias e a sua maneira de colocá-las em prática é a melhor solução. Nos mostra como um bom comunicador pode ser perigoso, e que esse poder como todos os outros, pode ser utilizado para o lado negativo ou positivo.
     E é assim que o livro segue, com a história de uma garotinha que precisa ser afastada de sua mãe, e é adota por um casal, Rosa e Hans Hubermann. Faz amizade com um judeu, com a mulher do prefeito e também com seu companheiro de furtos e brincadeiras Rudy Steiner.




     Com seu querido pai adotivo aprende a ler, ganha alguns livros, rouba outros e percebe melhor do que qualquer um, o perigo das palavras, e por esta razão acaba por amar e odiá-las, ao mesmo tempo. “Arrancou uma página do livro e rasgou no meio. Depois um capítulo. Em pouco tempo não restava nada senão tiras de palavras, derramadas feito lixo entre suas pernas e em toda a sua volta. As palavras. Por que tinham que existir? Sem elas não haveria nada disso. Sem as palavras o Führer não era nada. Não haveria prisioneiros claudicantes, nem necessidade de consolo ou de truques mundanos para fazer com que nos sentíssemos melhor. De que adiantavam as palavras?”



     O livro nos mostra como a menina Liesel escapou três vezes da morte, e o mais inusitado de tudo, é que quem nos conta a história, é a própria morte. Apesar de não ser um lançamento, o livro A Menina Que Roubava Livros já se tornou leitura obrigatória para os amantes da literatura. Como a frase na capa do livro nos adverte: “Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler”. Eu no seu lugar pararia! Até a próxima edição!!!

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